Foi no dia 17 de Fevereiro que a nossa escola foi capa de revista da Revista semanal do Diário de Notícias.
Tendo como pano de fundo a comemoração dos 25 anos da existência desta instituição de formação escolar, uma equipa do jornal Diário de Notícias esteve presente na escola onde tentou se inteirar um pouco da "história" que esta casa tem feito ao longo dos anos.
É de realçar que temos a desempenhar funções neste "lar" pessoas que, desde o 1º dia da sua existência, esforçam-se para que se possa hoje comemorar 25 anos...e que depois destes venham outros 25!
Para quem não teve acesso, aqui fica em suporte digital a reportagem do Diário de Notícias...
"Em Outubro de 1982 abriu a Escola, agora Básica e Secundária, Bispo D. Manuel Ferreira Cabral, em Santana.
A 11 de Outubro de 1982 entrou em funcionamento a Escola, hoje Básica e Secundária, Bispo D. Manuel Ferreira Cabral, situada em Santana. Por isso, durante este ano, pelo menos durante o tempo lectivo, no dia 11 de cada mês, terão lugar diversas actividades comemorativas dos 25 anos desta instituição por onde já passaram milhares de alunos de todo o concelho.
Bernardino Ornelas, natural de Santana e actual presidente do Conselho Executivo deste estabelecimento de ensino, recorda que antes deste ser construído só havia postos de telescola, como aquele onde o próprio estudou. Foi também no ensino mediatizado que começou a sua vida como docente. Quando a Escola foi inaugurada, Bernardino Ornelas estava a cumprir o serviço militar obrigatório. Por isso, nesse ano, não pode exercer a sua actividade como professor na nova escola, embora tivesse sido lá colocado. Começou no ano seguinte, quando para ir para a escola, às vezes, era preciso levar umas 'botas de água', tal era o lamaçal que havia nas redondezas. Gradualmente, a Escola onde no princípio só era possível frequentar o Ciclo Preparatório, passou a ter turmas do 3º Ciclo e, a partir de 1994/95, começou a integrar alunos do Secundário.
Do actual Conselho Executivo, faz também parte Rogério Rodrigues, seu vice-presidente, que considera que o maior desafio é construir uma escola com sucesso, não só a nível da educação, mas também da formação de bons cidadãos.
Heliodoro Dória, também vice-presidente daquele Conselho, nasceu em São Roque do Faial e frequentou a Escola no ano em que esta abriu.Do tempo em que era aluno, recorda a participação no concurso 'Descobrir a Madeira', promovido pela RDP. Cada escola elaborava perguntas sobre o seu concelho. Perguntas que eram depois respondidas por alunos de outros concelhos. Ainda hoje se lembra de andarem num jipe velho da Câmara a conhecer a Calheta. E com a emoção de uma vitória que parece recente, conclui: "Ainda não tinhamos alunos de 9º ano, como as outras escolas, por isso fomos os de 7º e 8º e... ganhámos!". Relembra também como os alunos saiam da escola a correr para irem apanhar o melhor lugar no autocarro escolar. Quando era finalista naquela escola lembra-se de ter faltado às aulas, num sábado, para ir com os colegas a um 'rali de jipes', nas serras de São Jorge. A finalidade principal era venderem batata frita e, com o lucro, fazerem uma viagem quando acabassem o curso. No fim do ano o que tinham não dava nem para ir ao Porto Santo, recorda. Por isso, a festa dos primeiros finalistas da Escola em Santana acabou por ser uma espetada no Pico da Boneca. Depois da aventura em São Jorge, todos os que tinham faltado às aulas foram chamados, um a um, ao padre Isidro Rodrigues que era o presidente da Comissão Instaladora da Escola.
Margarida Ornelas, professora de Português, a leccionar na escola desde o primeiro ano em que esta funcionou, relembra como era no inicio: "Quando cheguei não havia mapas, nem biblioteca... Depois tudo se foi compondo aos poucos. Agora só falta é que os alunos gostem de trabalhar mais um bocadinho".
Alcinda Barcelos, Isabel Noite e Laurinda Gouveia que trabalham na cozinha desde que a escola abriu, também recordam peripécias. A rir, contam que já foi preciso os bombeiros irem lá levar água para lavar a loiça. Elas próprias também chegaram a ir à fonte, de panela. Outra vez faltou o gás. Ficaram, então, muito atrapalhadas, com "o lume a fracar, a fracar". O remédio foi trazer uns fogareiros, à pressa. Quando começaram a trabalhar faziam 20 ou 30 refeições diariamente, porque a escola só tinha uns 70 alunos. Agora chegam a confecionar mais de 500 num só dia. Hoje é uma empresa que fornece os alimentos e as ementas a serem preparadas. Tudo prescrito por uma nutricionista. Isso significa que já não podem usar condimentos como antes e fazem menos fritos, explicam. Mas não foram só os menus que mudaram. Também os alunos agora são diferentes. "Sempre houve 'guerra' mas agora exigem mais". Mas nem todos. Alguns são compreensivos.
E até os há que se interessam por isso de comer bem e divulgam os seus benefícios. É o que acontece com o Rodrigo, de 10 anos, que anda na escola a vender calendários do Clube da Alimentação Saudável. O resultado das vendas será aplicado, no final do ano lectivo, num lanche...saudável, naturalmente! Nesse Clube fazem muitas coisas divertidas, como enfeites para a escola, dizem os seus membros. A Lilia exemplifica: "Fazemos cartazes para a cantina" a dizer o que se deve comer. Vegetais, fruta, sopas é, como dizem, o mais recomendado. Também lembram os do Clube que é preciso evitar as guloseimas. Podemos comer um pouco de tudo, remata a Ângela, mas "não devemos exagerar. Doces de vez em quando não fazem mal." Também há promoções, contam, entusiasmados. Por exemplo, às vezes, "comprando um chá, recebe-se frutos secos", explica a Catarina.
BODAS DE PRATA
Ao ser inaugurada, a então chamada Escola Preparatória de Santana, recebeu alunos do concelho onde se insere e, até 1993, alguns da Boaventura.Em 1984 foi-lhe dado o nome de D. Manuel Ferreira Cabral, natural de São Roque do Faial, que tinha falecido pouco antes. Nessa altura o presidente da Comissão Instaladora era o padre Isidro Rodrigues.Sucedeu-lhe Inês Andrade, como presidente da Direcção Executiva. Desde 2006, Bernardino Ornelas é o presidente do Conselho Executivo desta escola que tem cerca de 750 alunos, distribuídos pelos 2º e 3º ciclos, o ensino secundário, cursos tecnológicos, ensino recorrente, cursos de educação e formação e cursos profissionais, estes em parceria com a Escola do Atlântico. Além disso, este ano, pela primeira vez, há formação em Inglês e Informática para adultos. Trata-se de "um serviço que a Escola presta à sociedade." Quanto às possibilidades que a escola disponibiliza aos alunos do 10º ao 12º ano são neste momento: 'Ciências Sociais e Humanas'; 'Ciências Exactas e Tecnologias'; 'Curso Tecnológico de Desporto'; 'Curso Tecnológico de Informática' e 'Curso Tecnológico de Administração', este último em horário nocturno. Para conhecer quais as preferências dos alunos é realizado previamente um inquérito a quem está no 9º ano. É assim que o Eduardo, aluno do 12º ano, não teve dificuldade em encontrar na Escola Bispo D. Manuel Ferreira Cabral o agrupamento que pretendia: Ciências Exactas e Tecnologia. Depois disso quer seguir Engenharia Informática, de preferência na Universidade da Madeira. "Dá para ir e vir todos os dias", esclarece. Já o Roberto, que está em 'Ciências Sociais e Humanas' está indeciso sobre o curso a fazer: gosta de Psicologia e de Geografia. Para já o ano está a correr bem. "Temos que dar mais de nós para conseguirmos alcançar os nossos objectivos. Acreditar é o mais importante". Na sua opinião, é preciso mais esforço. "Às vezes uma pessoa anda mais desmotivada. Há várias situações na vida que levam a isso. Mas com muito querer vamos lá! Quando gostamos de uma coisa conseguimos alcançá-la com mais facilidade". Os dois amigos referem o facto da Escola se inserir num meio pequeno como sendo uma vantagem. Assim, "as pessoas conhecem-se melhor e há um boa relação, de quase amizade, com os professores". Quanto aos alunos, estão separados por pavilhões, conforme o ciclo que frequentam. Seja como for, mesmo nos espaços comuns, não há rivalidade. "Antes havia", admite o Roberto, "porque não tinhamos maturidade." Num dos pavilhões encontra-se a 'Sala de Recursos', onde é possível aceder à internet, fazer trabalhos de grupo, ver televisão, jogar às cartas, ao monopólio ou a outros jogos. Quanto à 'Sala de Convívio' é onde se encontra o bar e onde os alunos se encontram para conversar. Por tudo isto, a Diana e a Mara, a Lisandra e a Ana, todas do 7º ano, acham que "a escola tem condições." A Sara, aluna do 10º aluno, concorda: "Está tudo bem!" Para assegurar o funciomento adequado da Escola, esta conta com o trabalho de 112 professores. Curiosamente, muitos destes são naturais do concelho de Santana. Conta também com a importante colaboração de cerca de meia centena de funcionários. Entretanto, para que as condições sejam cada vez melhores, foi adicionado mais um pavilhão aos três iniciais. Foi também construído um pavilhão gimnodesportivo, anexo à escola.
Do outro lado da rua, existe agora uma piscina que é utilizada pelos alunos. Acontece que o acesso a esta é perigoso, salienta Heliodoro Dória. Por isso, espera-se que, em breve, seja possível 'atravessar a rua' através de um túnel ou por uma passadeira aérea. Outro desejo expresso pelo vice-presidente do Conselho Executivo da Escola é que seja coberto o campo. Segundo o presidente, Bernardino Ornelas, o projecto principal é promover a motivação dos alunos: "Fazer com que gostem da escola, porque cada vez sentem menos perspectivas". Mas é preciso que também a sociedade os motive. Esta é a opinião de Albertina Branco, professora de Educação Moral e Religiosa Católica na Escola há 25 anos. "É preciso que os pais incutam hábitos de trabalho nos filhos. Senão eles julgam que é tudo fácil", afirma. "Hoje há muitas solicitações. São os computadores, o MP3..." Por isso, sugere que os pais podem deixar os filhos brincar mas ensinem-nos também a gerir o tempo, entusiasmem-nos a ler e a fazer os trabalhos de casa. Na sua opinião, os alunos precisam também de dormir mais. Com vista a minimizar esta problemática, serão integradas nas comemorações palestras sobre a educação e a aproximação escola/família, conforme sugerido por Dionísio Caires, presidente do Conselho da Comunidade Educativa.
COMEMORAÇÕES
Para comemorar o 20º aniversário da Escola, foi nessa altura lançada a revista 'Ideias Vivas'. No final de cada ano lectivo esta tem vindo a relatar as novidades ocorridas. A edição deste ano incluirá os eventos comemorativos das Bodas de Prata. Esta e a de 2008, uma vez que as comemorações decorrerão até 11 de Outubro. Comemorações essas que vão incluir palestras, caminhadas a pé, ralis, 'peddy papers'. Assim, além de outras actividades, todos os dias 11 do mês haverá um evento comemorativo. Este mês não foram realizadas actividades no dia 11 por ter sido dia de referendo. Assim, a actividade de Fevereiro foi agendada para a passada sexta-feira. Tratou-se do cortejo de Carnaval da cidade de Santana. Sendo todos os anos organizado pela Escola, este ano teve uma particularidade. Pela primeira vez, foram chamados a participar no desfile todos os alunos do concelho, deste o 1º ciclo até ao 12º ano, sublinhou Heliodoro Dória. Esta foi uma maneira de envolver antigos alunos que vieram como pais e professores. Em Março, uma vez que o dia 11 é domingo, será realizado um Torneio de Futsal. As equipas, formadas por antigos e actuais alunos, serão organizadas, como nos velhos tempos, por freguesias: São Roque do Faial, Faial, Santana, Arco de São Jorge, São Jorge e Ilha, que agora também é freguesia. Entretanto, está a decorrer o concurso 'Pensamento do mês'. Outros desafios serão depois lançados para que os actuais alunos participem activamente. Quanto aos antigos alunos são convidados a voltar à Escola, a participar nas actividades comemorativas e a sugerir eventos que possam ser realizados, sublinha Amélia Furtado, presidente da Comissão de Organização das Comemorações dos 25 anos da Escola. Comissão da qual fazem parte três professores da escola que foram alunos ali, um antigo aluno que é agora funcionário público e o presidente da Associação de Pais. Para já, se vierem em qualquer dia, podem apreciar, logo à entrada, uma exposição com os livros do ponto do primeiro ano daquele estabelecimento de ensino. Enquanto olham as fotografias a preto e branco, às vezes recorrendo à lista que está ao lado com os nomes de cada um(a) da turma, recorda-se quem é este ou aquele. Outras propostas para comemorar este aniversário têm a ver com a elaboração do Hino da Escola e a apresentação de uma medalha comemorativa. Escrever o historial daquela instituição, com testemunhos, é outra das ideias propostas. O objectivo é sempre "fazer alguma coisa útil, que seja um marco", refere Heliodoro Dória. "Um marco histórico na educação e na cultura em Santana", salienta o presidente da Associação de Pais, Marcelino Teles, que tem pena não ter sido aluno daquela escola. Hoje não imaginamos a importância que teve, há 25 anos, a construção daquele estabelecimento que, conforme refere, ainda é conhecido pela população como o liceu. Além disso, pretende-se envolver a família com a escola e transmitir aos alunos a sede de aprender.
Tendo como pano de fundo a comemoração dos 25 anos da existência desta instituição de formação escolar, uma equipa do jornal Diário de Notícias esteve presente na escola onde tentou se inteirar um pouco da "história" que esta casa tem feito ao longo dos anos.
É de realçar que temos a desempenhar funções neste "lar" pessoas que, desde o 1º dia da sua existência, esforçam-se para que se possa hoje comemorar 25 anos...e que depois destes venham outros 25!
Para quem não teve acesso, aqui fica em suporte digital a reportagem do Diário de Notícias...
"Em Outubro de 1982 abriu a Escola, agora Básica e Secundária, Bispo D. Manuel Ferreira Cabral, em Santana.
A 11 de Outubro de 1982 entrou em funcionamento a Escola, hoje Básica e Secundária, Bispo D. Manuel Ferreira Cabral, situada em Santana. Por isso, durante este ano, pelo menos durante o tempo lectivo, no dia 11 de cada mês, terão lugar diversas actividades comemorativas dos 25 anos desta instituição por onde já passaram milhares de alunos de todo o concelho.
Bernardino Ornelas, natural de Santana e actual presidente do Conselho Executivo deste estabelecimento de ensino, recorda que antes deste ser construído só havia postos de telescola, como aquele onde o próprio estudou. Foi também no ensino mediatizado que começou a sua vida como docente. Quando a Escola foi inaugurada, Bernardino Ornelas estava a cumprir o serviço militar obrigatório. Por isso, nesse ano, não pode exercer a sua actividade como professor na nova escola, embora tivesse sido lá colocado. Começou no ano seguinte, quando para ir para a escola, às vezes, era preciso levar umas 'botas de água', tal era o lamaçal que havia nas redondezas. Gradualmente, a Escola onde no princípio só era possível frequentar o Ciclo Preparatório, passou a ter turmas do 3º Ciclo e, a partir de 1994/95, começou a integrar alunos do Secundário.
Do actual Conselho Executivo, faz também parte Rogério Rodrigues, seu vice-presidente, que considera que o maior desafio é construir uma escola com sucesso, não só a nível da educação, mas também da formação de bons cidadãos.
Heliodoro Dória, também vice-presidente daquele Conselho, nasceu em São Roque do Faial e frequentou a Escola no ano em que esta abriu.Do tempo em que era aluno, recorda a participação no concurso 'Descobrir a Madeira', promovido pela RDP. Cada escola elaborava perguntas sobre o seu concelho. Perguntas que eram depois respondidas por alunos de outros concelhos. Ainda hoje se lembra de andarem num jipe velho da Câmara a conhecer a Calheta. E com a emoção de uma vitória que parece recente, conclui: "Ainda não tinhamos alunos de 9º ano, como as outras escolas, por isso fomos os de 7º e 8º e... ganhámos!". Relembra também como os alunos saiam da escola a correr para irem apanhar o melhor lugar no autocarro escolar. Quando era finalista naquela escola lembra-se de ter faltado às aulas, num sábado, para ir com os colegas a um 'rali de jipes', nas serras de São Jorge. A finalidade principal era venderem batata frita e, com o lucro, fazerem uma viagem quando acabassem o curso. No fim do ano o que tinham não dava nem para ir ao Porto Santo, recorda. Por isso, a festa dos primeiros finalistas da Escola em Santana acabou por ser uma espetada no Pico da Boneca. Depois da aventura em São Jorge, todos os que tinham faltado às aulas foram chamados, um a um, ao padre Isidro Rodrigues que era o presidente da Comissão Instaladora da Escola.
Margarida Ornelas, professora de Português, a leccionar na escola desde o primeiro ano em que esta funcionou, relembra como era no inicio: "Quando cheguei não havia mapas, nem biblioteca... Depois tudo se foi compondo aos poucos. Agora só falta é que os alunos gostem de trabalhar mais um bocadinho".
Alcinda Barcelos, Isabel Noite e Laurinda Gouveia que trabalham na cozinha desde que a escola abriu, também recordam peripécias. A rir, contam que já foi preciso os bombeiros irem lá levar água para lavar a loiça. Elas próprias também chegaram a ir à fonte, de panela. Outra vez faltou o gás. Ficaram, então, muito atrapalhadas, com "o lume a fracar, a fracar". O remédio foi trazer uns fogareiros, à pressa. Quando começaram a trabalhar faziam 20 ou 30 refeições diariamente, porque a escola só tinha uns 70 alunos. Agora chegam a confecionar mais de 500 num só dia. Hoje é uma empresa que fornece os alimentos e as ementas a serem preparadas. Tudo prescrito por uma nutricionista. Isso significa que já não podem usar condimentos como antes e fazem menos fritos, explicam. Mas não foram só os menus que mudaram. Também os alunos agora são diferentes. "Sempre houve 'guerra' mas agora exigem mais". Mas nem todos. Alguns são compreensivos.
E até os há que se interessam por isso de comer bem e divulgam os seus benefícios. É o que acontece com o Rodrigo, de 10 anos, que anda na escola a vender calendários do Clube da Alimentação Saudável. O resultado das vendas será aplicado, no final do ano lectivo, num lanche...saudável, naturalmente! Nesse Clube fazem muitas coisas divertidas, como enfeites para a escola, dizem os seus membros. A Lilia exemplifica: "Fazemos cartazes para a cantina" a dizer o que se deve comer. Vegetais, fruta, sopas é, como dizem, o mais recomendado. Também lembram os do Clube que é preciso evitar as guloseimas. Podemos comer um pouco de tudo, remata a Ângela, mas "não devemos exagerar. Doces de vez em quando não fazem mal." Também há promoções, contam, entusiasmados. Por exemplo, às vezes, "comprando um chá, recebe-se frutos secos", explica a Catarina.
BODAS DE PRATA
Ao ser inaugurada, a então chamada Escola Preparatória de Santana, recebeu alunos do concelho onde se insere e, até 1993, alguns da Boaventura.Em 1984 foi-lhe dado o nome de D. Manuel Ferreira Cabral, natural de São Roque do Faial, que tinha falecido pouco antes. Nessa altura o presidente da Comissão Instaladora era o padre Isidro Rodrigues.Sucedeu-lhe Inês Andrade, como presidente da Direcção Executiva. Desde 2006, Bernardino Ornelas é o presidente do Conselho Executivo desta escola que tem cerca de 750 alunos, distribuídos pelos 2º e 3º ciclos, o ensino secundário, cursos tecnológicos, ensino recorrente, cursos de educação e formação e cursos profissionais, estes em parceria com a Escola do Atlântico. Além disso, este ano, pela primeira vez, há formação em Inglês e Informática para adultos. Trata-se de "um serviço que a Escola presta à sociedade." Quanto às possibilidades que a escola disponibiliza aos alunos do 10º ao 12º ano são neste momento: 'Ciências Sociais e Humanas'; 'Ciências Exactas e Tecnologias'; 'Curso Tecnológico de Desporto'; 'Curso Tecnológico de Informática' e 'Curso Tecnológico de Administração', este último em horário nocturno. Para conhecer quais as preferências dos alunos é realizado previamente um inquérito a quem está no 9º ano. É assim que o Eduardo, aluno do 12º ano, não teve dificuldade em encontrar na Escola Bispo D. Manuel Ferreira Cabral o agrupamento que pretendia: Ciências Exactas e Tecnologia. Depois disso quer seguir Engenharia Informática, de preferência na Universidade da Madeira. "Dá para ir e vir todos os dias", esclarece. Já o Roberto, que está em 'Ciências Sociais e Humanas' está indeciso sobre o curso a fazer: gosta de Psicologia e de Geografia. Para já o ano está a correr bem. "Temos que dar mais de nós para conseguirmos alcançar os nossos objectivos. Acreditar é o mais importante". Na sua opinião, é preciso mais esforço. "Às vezes uma pessoa anda mais desmotivada. Há várias situações na vida que levam a isso. Mas com muito querer vamos lá! Quando gostamos de uma coisa conseguimos alcançá-la com mais facilidade". Os dois amigos referem o facto da Escola se inserir num meio pequeno como sendo uma vantagem. Assim, "as pessoas conhecem-se melhor e há um boa relação, de quase amizade, com os professores". Quanto aos alunos, estão separados por pavilhões, conforme o ciclo que frequentam. Seja como for, mesmo nos espaços comuns, não há rivalidade. "Antes havia", admite o Roberto, "porque não tinhamos maturidade." Num dos pavilhões encontra-se a 'Sala de Recursos', onde é possível aceder à internet, fazer trabalhos de grupo, ver televisão, jogar às cartas, ao monopólio ou a outros jogos. Quanto à 'Sala de Convívio' é onde se encontra o bar e onde os alunos se encontram para conversar. Por tudo isto, a Diana e a Mara, a Lisandra e a Ana, todas do 7º ano, acham que "a escola tem condições." A Sara, aluna do 10º aluno, concorda: "Está tudo bem!" Para assegurar o funciomento adequado da Escola, esta conta com o trabalho de 112 professores. Curiosamente, muitos destes são naturais do concelho de Santana. Conta também com a importante colaboração de cerca de meia centena de funcionários. Entretanto, para que as condições sejam cada vez melhores, foi adicionado mais um pavilhão aos três iniciais. Foi também construído um pavilhão gimnodesportivo, anexo à escola.
Do outro lado da rua, existe agora uma piscina que é utilizada pelos alunos. Acontece que o acesso a esta é perigoso, salienta Heliodoro Dória. Por isso, espera-se que, em breve, seja possível 'atravessar a rua' através de um túnel ou por uma passadeira aérea. Outro desejo expresso pelo vice-presidente do Conselho Executivo da Escola é que seja coberto o campo. Segundo o presidente, Bernardino Ornelas, o projecto principal é promover a motivação dos alunos: "Fazer com que gostem da escola, porque cada vez sentem menos perspectivas". Mas é preciso que também a sociedade os motive. Esta é a opinião de Albertina Branco, professora de Educação Moral e Religiosa Católica na Escola há 25 anos. "É preciso que os pais incutam hábitos de trabalho nos filhos. Senão eles julgam que é tudo fácil", afirma. "Hoje há muitas solicitações. São os computadores, o MP3..." Por isso, sugere que os pais podem deixar os filhos brincar mas ensinem-nos também a gerir o tempo, entusiasmem-nos a ler e a fazer os trabalhos de casa. Na sua opinião, os alunos precisam também de dormir mais. Com vista a minimizar esta problemática, serão integradas nas comemorações palestras sobre a educação e a aproximação escola/família, conforme sugerido por Dionísio Caires, presidente do Conselho da Comunidade Educativa.
COMEMORAÇÕES
Para comemorar o 20º aniversário da Escola, foi nessa altura lançada a revista 'Ideias Vivas'. No final de cada ano lectivo esta tem vindo a relatar as novidades ocorridas. A edição deste ano incluirá os eventos comemorativos das Bodas de Prata. Esta e a de 2008, uma vez que as comemorações decorrerão até 11 de Outubro. Comemorações essas que vão incluir palestras, caminhadas a pé, ralis, 'peddy papers'. Assim, além de outras actividades, todos os dias 11 do mês haverá um evento comemorativo. Este mês não foram realizadas actividades no dia 11 por ter sido dia de referendo. Assim, a actividade de Fevereiro foi agendada para a passada sexta-feira. Tratou-se do cortejo de Carnaval da cidade de Santana. Sendo todos os anos organizado pela Escola, este ano teve uma particularidade. Pela primeira vez, foram chamados a participar no desfile todos os alunos do concelho, deste o 1º ciclo até ao 12º ano, sublinhou Heliodoro Dória. Esta foi uma maneira de envolver antigos alunos que vieram como pais e professores. Em Março, uma vez que o dia 11 é domingo, será realizado um Torneio de Futsal. As equipas, formadas por antigos e actuais alunos, serão organizadas, como nos velhos tempos, por freguesias: São Roque do Faial, Faial, Santana, Arco de São Jorge, São Jorge e Ilha, que agora também é freguesia. Entretanto, está a decorrer o concurso 'Pensamento do mês'. Outros desafios serão depois lançados para que os actuais alunos participem activamente. Quanto aos antigos alunos são convidados a voltar à Escola, a participar nas actividades comemorativas e a sugerir eventos que possam ser realizados, sublinha Amélia Furtado, presidente da Comissão de Organização das Comemorações dos 25 anos da Escola. Comissão da qual fazem parte três professores da escola que foram alunos ali, um antigo aluno que é agora funcionário público e o presidente da Associação de Pais. Para já, se vierem em qualquer dia, podem apreciar, logo à entrada, uma exposição com os livros do ponto do primeiro ano daquele estabelecimento de ensino. Enquanto olham as fotografias a preto e branco, às vezes recorrendo à lista que está ao lado com os nomes de cada um(a) da turma, recorda-se quem é este ou aquele. Outras propostas para comemorar este aniversário têm a ver com a elaboração do Hino da Escola e a apresentação de uma medalha comemorativa. Escrever o historial daquela instituição, com testemunhos, é outra das ideias propostas. O objectivo é sempre "fazer alguma coisa útil, que seja um marco", refere Heliodoro Dória. "Um marco histórico na educação e na cultura em Santana", salienta o presidente da Associação de Pais, Marcelino Teles, que tem pena não ter sido aluno daquela escola. Hoje não imaginamos a importância que teve, há 25 anos, a construção daquele estabelecimento que, conforme refere, ainda é conhecido pela população como o liceu. Além disso, pretende-se envolver a família com a escola e transmitir aos alunos a sede de aprender.
4 comentários:
Grande Escola!!!
Para quem tinha dúvidas, aí está a demonstração de uma escola viva e já maior de idade, a caminho de um quarto de século de existência.
Para nós, professores, pessoal não docente e alunos, é sempre agradável vermos a nossa escola com algum destaque positivo.
Olá, Professor Victor, hoje voltei à Escola Bispo D. Manuel Ferreira Cabral, para participar como orador numa pequena palestra para falar da minha passagem por essa escola e das experiências vividas aí, dos amigos que fiz, lembrar alguns Professores mas sobretudo fui para incentivar aos alunos presentes a prosseguirem com os estudos, pois cada vez mais as exigências do mercado laboral o vão exigir.
Hoje eu diria que "tá-se muito bem" no "LICEU" e pela visita que fiz à mesma pude ver que há melhorias significativas tanto nos equipamentos disponíveis bem como no quadro docente, pois na minha altura tinhamos "Professores" com o 12º ano a nos darem aulas.
Há 25 anos atrás não havia tanta qualidade nos equipamentos mas havia muita amizade entre os alunos.
Um abraço
Damasceno Ribeiro
Olá Margarida,
Olé Albertina...
Gostei de as ver. Parabèns à escola e um grande beijinho para vocês.
Estive aí em 86/87 e 87/88. Grandes momentos. Vivi ba casa da sra Isabelinha. Sou o Luís do Continente.
Bem hajam
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